As Dez Maiores Tribos Indígenas Brasileiras
1. GUARANI
POPULAÇÃO - 46 566
Os
guaranis "brasileiros" (também há guaranis no Paraguai e na Bolívia)
dividem-se em três grupos: caiová, ñandeva e mbya. Embora eles tenham
costumes comuns - como viver em grandes grupos familiares (tekoha)
liderados política e religiosamente por um dos avós -, cada grupo fala
um dialeto particular e tem suas peculiaridades: a poligamia, por
exemplo, é proibida entre os caiovás, mas é bem aceita entre os ñandeva
2. TICUNA
POPULAÇÃO - 26 813
Os
ticunas vivem em aldeias ao longo do rio Solimões, tanto
no Brasil quanto no Peru e na Colômbia, e são adeptos da caça e da
pesca. Os núcleos familiares são agrupados em duas "metades": clãs com
nomes de aves e clãs com nomes de plantas e animais terrestres. Um índio
ticuna sempre se casa com uma representante da "metade" oposta e a nova
família herda os hábitos do clã do homem. A língua deles é fonal, ou
seja, a entonação muda o sentido das palavras
3. CAINGANGUE
POPULAÇÃO - 25 755
Nos
casamentos, os caingangues também cruzam as "metades", como os ticunas.
Mas, entre os caingangues, a nova família vai morar junto ao pai da
noiva. Na hierarquia das comunidades a maior autoridade é o cacique,
eleito democraticamente entre os homens maiores de 15 anos. O cacique
eleito indica um vice-cacique, geralmente vindo de outra "metade", com o
intuito de facilitar o planejamento político, já que punições só podem
ser aplicadas por indivíduos da mesma "metade"
4. MACUXI
POPULAÇÃO - 23 182
Como
vivem em uma região com períodos prolongados de seca e de chuva, os
macuxis alternam entre dois modos de vida bem distintos. Durante a
estiagem, formam grandes aglomerações e aproveitam para caçar, pescar,
criar gado, cultivar alimentos e coletar madeira e argila - algumas
aldeias também garimpam ouro. Na estação chuvosa, espalham-se em
pequenos grupos que vivem dos alimentos armazenados durante a seca
5. TERENA
POPULAÇÃO - 19 851
É
o povo indígena mais "urbanizado": há terenas trabalhando no comércio
de rua em Campo Grande, MS, e na colheita de cana-de-açúcar. Uma das
justificativas para a "urbanização" é a superPOPULAÇÃO - das reservas - o
excedente populacional abandona as aldeias em busca de bicos para
fazendeiros ou subempregos nas cidades. Ao contrário do que rola entre
os caingangues, quando os terenas se casam vão morar com o pai do noivo
6. GUAJAJARA
POPULAÇÃO - 19 524
Antigamente,
os guajajaras não se fixavam em um lugar por muito tempo, mas hoje esse
costume se perdeu e as aldeias, além de permanentes, podem ser grandes,
com mais de 400 habitantes. A agricultura é a principal atividade
econômica, mas o artesanato também é uma fonte de renda importante.
Entre os produtos cultivados está a maconha, cuja comercialização ilegal
gera violentos conflitos com as Polícias Militar e Federal
7. IANOMâMI
POPULAÇÃO - 16 037
A
Terra Indígena Ianomâmi, encravada no meio da floresta tropical, é um
importante centro de preservação de biodiversidade amazônica,
constantemente ameaçado pelos garimpeiros. Os ianomâmis têm o costume de
aglomerar seus membros: várias famílias vivem juntas sob o teto de
grandes habitações e geralmente se casam com parentes. Assim como os
sobreviventes em Lost, os ianomâmis desconfiam dos "outros" (pessoas de
outra etnia, brancos ou índios)
8. XAVANTE
POPULAÇÃO - 12 848
As
cerca de 70 aldeias xavantes no MT seguem a mesma configuração: casas
enfileiradas em forma de semicírculo. Numa das pontas da aldeia, há uma
casa reservada à reclusão de meninos de 10 a 18 anos - eles ficam ali
durante cinco anos e, ao final do período, saem prontos para a vida
adulta. Uma festa marca essa transição. Os xavantes costumam pintar o
corpo de preto e vermelho, além de usar uma espécie de gravata de
algodão nas cerimônias
9. PATAXÓ
POPULAÇÃO - 10 664
Ganharam
projeção nacional em 1997 com a morte do índio Galdino, incendiado por
jovens de classe alta de Brasília enquanto dormia em uma rua da capital
federal. O ganha-pão principal dos pataxós é o artesanato, com peças que
misturam madeira, sementes, penas, barro e cipó. Nas festas, eles
costumam dançar o típico auê, servir o mukussuy - peixe assado em folhas
de palmeira - e o tradicional kauím - uma espécie de vinho de mandioca
10. POTIGUARA
POPULAÇÃO - 10 036
Os
potiguaras são de origem tupi-guarani, mas hoje se comunicam em bom (e
não tão claro) português mesmo. Eles costumam se referir aos não-índios
como "particulares" e quase toda aldeia tem uma igreja católica e um
santo padroeiro. O nome do povo significa "comedores de camarão",
porque, além de tirarem o sustento de atividades agrícolas, caça, pesca e
extrativismo vegetal, são grandes coletores de crustáceos e moluscos
FONTE: http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287713.shtml , em 10/08/2010.
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